sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Acadêmicos de medicina da Ufac reivindicam melhorias de ensino

Comunicado do DAFRAM


Inicialmente agradecemos a presença de todos que compareceram no manifesto em prol do curso de medicina da UFAC.Foi maravilhoso a imagem daquela multidão unida e gritando “não é mole não, cuidar de vidas sem boa formação”!! Ao som dos gritos por novas condições de estudo, seguimos do Hall do bloco de medicina,passando pelas pró-reitorias e finalmente estacionamos na reitoria. 
Nesse caminho, vía-se que as pessoas estavam solidárias à nossa causa, deixando transparecer que a sociedade acriana certamente não será omissa nessa busca por um bom curso de medicina e consequentemente estarão nos apoiando por melhores condições de saúde no estado. A imprensa também esteve do nosso lado e tende a mostrar a cruel realidade de nosso curso ampliando o alcance de nossas reivindicações.
É de grande evidência os problemas enfrentados pelo nosso curso. Os quais vão desde a grade curricular incompatível com as reais condições de estudo e cuja construção e aleatórias reformas no mínimo causam estranhesa até problemas que segundo os pareceres do MEC e a legislação vigente nunca poderiam ser cogitados de existir neste curso de medicina implantado a 9 anos atras – desde a falta de professores e estrura,até a falta de compromisso de parte dos  professores que têm e entraves administrativos.
Por isso professores, administradores, técnicos, acadêmicos de medicina, demais acadêmicos da UFAC, autoridades acreanas e de poder a nível nacional, população acreana (tanto nascidos quanto naturalizados) precisamos lutar para que esse quadro terrível se reverta e possomas ter um ensino médico de qualidade aqui no Acre. Cada cidadão deve ter em mente que melhorar o curso de medicina da Ufac de forma coletiva e com um olhar social é capacitar o futuro médico generalista de modo a que ele possa resolver pelo menos 80% dos problemas de saúde (problemas básicos) da população e que, caso não possa resolver os 20% restantes, saiba pelo menos encaminhar adequadamente aos especialistas na área; além disto melhorar o curso de medicina da Ufac é fomentar um processo justo, legal e prático de revalidação de diploma aqui no Acre. Criar as condições para que o curso de medicina da Ufac atinja o real e melhor conceito em todas as avaliações nacionais para os cursos de medina é dizer que a população acreana ainda continua honrando a luta dos seringueiros por um Acre melhor e ainda continua honrando a luta dos soltados da borracha e demonstrando que o mais belo Hino Estadual, confeccionado pelo nordestino e jovem médico Francisco Mangabeira, continua valendo para os dias de hoje e continuará valendo para o amanhã dos nossos filhos.
Nossa manifestação está rendendo frutos e é importante que você faça parte deste movimento e a luta por um Acre melhor se fortaleça ainda mais!!
Com o pouco de barulho que fizemos, conseguimos de imediato sermos ouvidos pela reitoria, pró-reitores e diversos professores e autoridades locais e nacionais para discutir sobre o caos em que se encontra a medicina na UFAC.  
Esse é o melhor momento para se tentar solucionar problemas que a 9 anos são encobertos pelo sistema UFAC de ser. Precisamos do apoio de todos, principalmente dos estudantes de medicina da UFAC que ainda não aderiram ao movimento para que a voz do povo Acriano seja única e potente e possa intimidar até os órgãos mais poderosos da
em busca de uma Faculdade de Medicina de referência Nacional e Mundial.
  Temos argumentos suficientes para conseguir o maior objetivo, que é o ensino de excelência. Basta dizer não ao comodismo e ir à luta. O Acre não pertence a grupos, o Acre é um patrimônio que deve ser defendido a todo custo por todos aqueles que amam este estado!
Atenciosamente
DAFRAM (Diretório Acadêmico Francisco Mangabeira)
Representante legal dos estudantes de Medina da Ufac!

Texto publicado no blog http://dafram.wordpress.com/

Medicina em Greve





MANIFESTO EM PROL DO CURSO DE MEDICINA DA UFAC

A atuação e importância do bom médico no cuidado da saúde das pessoas é do conhecimento de todos. Hipócrates, o pai da medicina, já afirmava que “aquele que desejar adquirir o conhecimento da arte médica deverá possuir disposição para isto e FREQUENTAR UMA BOA ESCOLA”. Isto demonstra nitidamente que pesa na boa formação médica não apenas o desejo/prazer de aprender do estudante de medicina, mas, também, as boas condições de ensino. Hipócrates demonstra a importância do saber intrínseco da medicina quando, no juramento médico, firma seu compromisso dizendo: “em toda casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo dano voluntário”. Portanto, é devido ao desejo, à disposição para aprender a arte da medicina e à certeza de que não podemos causar danos à vida do próximo, que nós, os acadêmicos de medicina da Universidade Federal do Acre, abaixo assinados, vimos exigir da UFAC que forneça um “ensino médico de qualidade” (o qual traga apenas benefícios à sociedade); e pedir à sociedade (maior beneficiada com as melhorias do curso de medicina da UFAC) e às autoridades competentes, que exijam da UFAC as condições necessárias para que o Curso de Medicina desta Instituição Federal de Ensino Superior seja reconhecido nacional e internacionalmente como uma Boa Escola Médica.
Para tanto, se faz necessário:
• Que a Ufac/Governo/Município/MEC/MS, de imediato, providencie as condições mínimas exigidas pelo MEC para que os curso de medicina adquira o conceito 5, na avaliação in loco do MEC/MS/CNS;
• Manutenção dos convênios e acordos federais e estaduais para a implantação do curso de medicina da Ufac;
• Manutenção do Plano orçamentário do Projeto Político-pedagógico do curso de medicina;
• Manutenção do uso adequado das estruturas construídas para a implantação do curso de medicina da Ufac – tal como o previsto nas plantas de construção das estruturas do referido curso;
• Que seja realizada uma mudança da matriz curricular do curso de medicina da Ufac melhor adequada às necessidades do Acre e voltada à formação do médico generalista, a qual dever ser coletivamente discutida;
• Que a Ufac preste contas de todo recurso destinado a implantação do curso de medicina e de todos os equipamentos comprados para o curso de medicina;
• Que a ufac contrate mais técnicos para trabalharem no curso de medicina;
• Que a coordenação do curso e os setores administrativos da Ufac fiquem sempre abertos, em todos os momentos em que estiverem ocorrendo aulas, para dar uma maior acessória para docentes e discentes do curso de medicina;
• Que a haja o bom funcionamento de cada disciplina e interdisciplinaridade entre as cadeiras ofertadas para o curso de medicina da Ufac e que a Ufac submeta ao colegiado de curso os programas e cronogramas de cada disciplina no prazo estipulado pelo estatuto/Resoluções/Pareceres da UFAC;
• Que haja um convênio com o governo do Estado e os municípios do Acre para a ampliação dos campos de estágio, a preceptoria institucionalizada de estagiários (do 1º ao 12º período) e a remuneração dos estagiários que tiverem direito a isto – seguindo o que é exigido pela lei do Estágio (lei nº 11.788);
• Que a UFAC firme convênios com o IML, a exemplo da UFPB, tendo em vista as aulas práticas sobre medicina legal e a agilidade do processo de captação de cadáveres e/ou que a Ufac firme convênios com outras universidades do país para o fornecimento de cadáveres.
• Que a Ufac/Governo/Município regularize as unidades de prática para que estas sejam consideradas como Hospital Escola pelo MEC/MS;
• Que a Upa do Tucumã deixe de ser UPA e volte a ser Policlínica, conforme seu projeto original de suporte à formação em saúde;
• Que a Ufac providencie/instale/mantenha os equipamentos (tanques para cadáveres, coleção de lâminas, microscópios…) os equipamentos/materiais necessários principalmente às aulas práticas


Manifesto publicado no blog http://dafram.wordpress.com/

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fruto das manifestações estudantis

As reviravoltas no âmbito da Administração Superior da Ufac são a mais profunda prova de que nossas manifestações ainda estão dando resultado.
O anúncio público por parte da reitora Olinda Batista contido na reportagem do Portal da Amazônia é o maior exemplo disso: “Também trabalhamos para a construção de mais um restaurante, novas cantinas e outra biblioteca em um bloco mais distante. Vamos viabilizar também um micro-ônibus para circular no campus da universidade gratuitamente”, finaliza Olinda. 


Manifestar é preciso.

Ufac nega afastamento de vice e pró-reitores em Rio Branco

29 de setembro de 2010
Portal Amazônia com informações do Página 20

Foto: Página 20
RIO BRANCO - A reitora da Universidade Federal do Acre (Ufac), Olinda Batista Assmar, negou o afastamento do vice-reitor Pascoal Muniz e de alguns pró-reitores da instituição. A informação de que os servidores haviam desocupado seus cargos na reitoria foi transmitida em um telejornal local na manhã da última segunda-feira (27). 

De acordo com a reitora, até o momento nenhum servidor da administração desocupou seu cargo. “Sem dúvidas, se houvesse solicitações de afastamento por parte do vice e de pró-reitores, eles teriam avisado com antecedência”, explicou Olinda Batista. 

A assessoria de Comunicação Social da instituição também negou a notícia veiculada na televisão. Segundo o assessor João Petrolitano, as informações não passam de especulações. “Nada mudou no corpo de pessoal da administração da Ufac.” 

A assessoria informou que as atividades da instituição seguem em ritmo normal. A reitora aproveitou a ocasião para divulgar os projetos executados pela universidade.

Projetos
Segundo a reitoria, 32 vagas para professores serão ocupadas em breve por meio de concurso público. Além disso, serão abertas 450 bolsas no valor de R$ 350 para acadêmicos dos diversos cursos oferecidos pela instituição.

Outro destaque é a implementação do Passe Livre, no qual 600 alunos serão beneficiados com auxílio-transporte. 

“Também trabalhamos para a construção de mais um restaurante, novas cantinas e outra biblioteca em um bloco mais distante. Vamos viabilizar também um micro-ônibus para circular no campus da universidade gratuitamente”, finaliza Olinda. (NS)

sábado, 25 de setembro de 2010

O que está rolando em outras universidades...

Essa tal sustentabilidade

Na tarde do dia 21 de outubro, latas, tambores e as palavras de protesto chamaram atenção para o ato contra o novo Código Florestal em frente ao Departamento de Engenharia Florestal (DEF) da Universidade Federal de Viçosa. A manifestação começou no Barzinho do DCE e foi em direção ao DEF onde acontecia a abertura do VI Simpósio de Meio Ambiente, promovido pelo Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável (CBCN), com apoio da Empresa Júnior de Engenharia Florestal e patrocinado por empresas como CEMIGSuzano,Fibria entre outras empresas que pregam a tão falada “sustentabilidade”.
A palestra "A importância do agronegócio para o desenvolvimento sustentável do Brasil", que abriu o congresso, seria feita pela senadoraKátia Abreu, defensora da bancada ruralista no governo, do Novo Código Florestal e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Contudo, ela não compareceu ao evento. Entre estudantes e militantes, aproximadamente 60 pessoas protestavam contra a aprovação do novo Código Florestal, com distribuição de panfletos a quem passava, músicas de protesto, suas bandeiras e cartazes, dentre eles “Salvemos o Código Florestal” ou “Agronegócio é veneno! Reforma Agrária Já!”
O ato terminou com a entrada dos manifestantes no auditório do DEF, a fim de ler a carta escrita e assinada pelos Movimentos Estudantis e Movimentos Sociais. Estavam presentes o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) e o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Associação de Geógrafos Brasileiros (AGB) e os grupos do Movimento Estudantil: Movimente-se, ABEEF, ENEBIO e FEAB. Antes de deixar o ambiente, foi realizada uma encenação em que ao se gritar “MADEIRA” os manifestantes todos iam ao chão, uma forma de denunciar o desmatamento que irá ocorrer caso o Novo Código seja aprovado.




Entenda mais sobre a mudança do código florestal

O Estatuto da Terra, presente na legislação brasileira (Lei 4504/64), garante que toda e qualquer atividade que se realize sobre a terra deve cumprir sua função social. Para se cumprir a função social deve-se garantir três elementos básicos: produtividade; respeito às leis trabalhistas e preservação ambiental. O primeiro tem sido o principal fator de desapropriações de terras para reforma agrária, porém os outros dois elementos também podem ser responsáveis por isto. A flexibilização do Código Florestal dificultaria a desapropriação de terras para fim de reforma agrária,
contribuindo paramanter a concentração de terras no Brasil.

As atuaismudanças no Código Florestal Brasileiro vêm sendo estruturadas desde julho de 2008, após um decreto Federal que definia multas e punições para quem não cumprisse as demandas do Código. Em 2009 foi criada uma Comissão Especial sobre o Código Florestal com 18 membros sendo 13 deles componentes da Bancada Ruralista. Uma das mudanças que mais interessa a Bancada Ruralista está relacionada ao “Programa de Regularização Ambiental”. Todos os fazendeiros que suprimiram de forma irregular a vegetação nativa, antes do dia 22 de julho de 2008, e aderirem ao “programa”, teriam atividades agropecuárias e florestais nas áreas de preservação permanente e reserva legal asseguradas e não poderiam ser autuados pelas infrações. Além de ser suspensa a cobrança das multas.
Áreas frágeis à intervenção humana perderiam a proteção ambiental. As conseqüências desta medida seriam: o assoreamento dos rios, perda da fertilidade dos solos por erosão, perda de biodiversidade, disponibilidade de água, entre outros prejuízos para produção agrícola.


Geanini Hackbardt
Setor de Comunicação MST-ZM

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Cliente do Gazeta Entrevista, a reitora com a palavra novamente...


Confira o link, aqui.
Entrevista em 17 de setembro de 2010.










Vamos lá, novamente, à 'tradução' do posicionamento público da Reitora da Ufac:

Ponto UM: De fato, a quantidade de reuniões do Conselho Universitário (CONSU) na gestão da professora Olinda (um ano e meio) é muito superior à gestão do professor Jonas Filho (oito anos). Lembremos, no entanto, que a professora Olinda foi vice-reitora durante os últimos quatro anos do mandato do professor Jonas e esteve acompanhando todo o processo de desmonte das instâncias colegiadas dentro da Ufac bem de perto. Além do mais, quantidade de reuniões não significa necessariamente qualidade de debate ou nas deliberações dentro do âmbito do CONSU. Democratização do debate e o salto qualitativo que queremos talvez comece agora com a nova composição do conselho (detalhe, até o momento o 'novo' conselho não foi empossado, por que? não sabemos), que inclui a participação proporcional, conforme a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), dos estudantes, técnicos-administrativos e membros da sociedade civil organizada. Por fim, sabemos (e o Ministério Público Federal no Acre também) que a administração da Reitora Olinda NÃO TEM RESPEITADO AS INSTÂNCIAS COLEGIADAS na Ufac, à exemplo do Centro de Educação, Letras e Artes, de modo que: como é possível a professora dizer que não tem decido nada sozinha? Decisões oriundas do próprio CONSU, como ela mesmo diz "[existe] um número de resoluções que foram discutidas e aprovadas no Conselho", mas que até hoje esperam por ela para serem encaminhadas e nada... Isso professora, é ir de encontro a legalidade institucional. De que adianta discutir e aprovar se a administração superior desconhece a legalidade institucional? Aliás, vocês sabem que temos um Estatuto da Ufac novo (que voltou a ser reformulado) e um Regimento Interno antigo? É a barbárie total. As contradições entre os artigos de ambos os documentos são infinitas. A discussão do Regimento Interno, como bem frisou o Alan Rick, "foi deixado de lado" e não foi encaminhado na gestão da professora Olinda enquanto vice-reitora do professor Jonas.

Ponto DOIS: O CONCURSO!!! Pois é galera, VAI HAVER CONCURSO DE PROFESSORES EFETIVOS PARA A UFAC!! Não há como negar que isso é vitória de nosso movimento, pois a ladainha de que porque é ano eleitoral foi rapidamente modificada. Além dos mais de dez professores que foram chamados com urgência para se apresentarem na Ufac (sem contar com os substitutos), vai haver concurso para professor efetivo para a Ufac!!! A professora disse que pode re-editar o último concurso para preencher as vagas que não foram preenchidas. A pergunta é: por que isso não foi feito antes??? Porque a Prograd (Pró-reitoria de Graduação) interpretou a data limite para contratação de maneira equivocada!!! Agora, como é que se interpreta a data de maneira equivocada? Desde março de 2010 se sabia da Portaria do Mec que autorizava as vagas, mas somente após os infinitos questionamentos estudantis é que a Prograd atentou para a data correta de publicação de edital de concurso, cuja data limite, segundo a Administração era dia 16 de setembro, mas já mudou para o dia 22 de setembro. Patuscada é pouco hein minha gente... "eles atentaram para isso em cima da hora...", diz  reitora.

Ponto TRÊS: "Tínhamos eliminado os substitutos, voltamos com os substitutos", afinal professores substitutos são ou não são necessários? Segundo a penúltima entrevista da professora "sim"! E por que "eliminaram" os substitutos? E agora eles 'voltam do além' para contemplar áreas descobertas? Definitivamente, não há planejamento na Ufac. A política é do imediatismo: "quebrou, conserta". Qualquer aluno de licenciatura sabe que é preciso PLANEJAR antes de dar aula e não chegar simplesmente na hora e improvisar, "dar jeitinhos".

Ponto QUATRO e ÚLTIMO: Lá vem ela novamente querendo 'enxugar' carga horária dos cursos com base na falta de professores e não com base na melhoria do ensino. Fiquem ligados que vai vir reformulação de curso "enxugando carga horária" de todo lado agora...